Na vida, nada deve ser receado, tudo deve ser compreendido.
Marie Curie

sábado, 6 de abril de 2013

Ansiedade na Adolescência



A ansiedade é a resposta a um sinal de alarme perante uma situação que pode constituir uma ameaça para o sujeito.

A entrada na puberdade e o tornar-se adolescente engloba uma série de mudanças hormonais e morfológicas que levam a novas capacidades e sensações que permitem pensar e agir de forma diferente. O pensamento e as atitudes de adolescente diante destas profundas alterações dependerá das bases adiquiridas na sua infância, isto é, da boa relação com pais alicerçada a reforços positivos que permitiu contribuir para a construção da segurança e confiança em si mesmo e nos outros. Uma boa construção da  identidade do adolescente passa pela atenção e qualidade da relação que os mais significativos (pais, irmãos, amigos, professores) estabelecem com este.

Esta nova realidade faz com que os sentimentos do adolescente fiquem hiperbolizados e à flor da pele provocando-lhes uma certa estranheza em relação a si mesmo e uma profunda inquietação. Tudo o que anteriormente era prazeroso vai ser agora posto de lado. O adolescente começa a ser crítico perante si mesmo e os outros e à mínima contrariedade irrita-se ou afasta-se acabando por se isolar. Ao agir, torna-se agressivo nas palavras descarregando toda a ansiedade acumulada. É frequente andar mais irritável, discutir com os outros fugir às responsabilidades e ter maus resultados escolares, entre outros comportamentos desajustados.

O adolescente é confrontado com ameaças que não consegue controlar e com que não sabe lidar como, o seu corpo, a sexualidade, a relação com os pais onde os conflitos obediência/independência são constantes, medo perante os novos desafios e as suas competências pessoais, sociais, escolares, e na relação com os pares.

Para além da irritabilidade, da agressividade e de comportamentos desajustados, a ansiedade revela-se ainda por sintomas físicos como as cefaleias, a fadiga, dores abdominais, dores musculares (costas e membros), tremores, tonturas, desmaios e aritmias.


DICAS AOS PAIS:

Se o seu filho apresenta alguns do comportamentos e sintomas citados e se estes interferem com o funcionamento diário do adolescente e da família é importante e necessário levá-lo ao Psicólogo para obter um diagnóstico e elaborar estratégias de tratamento.
O tratamento da ansiedade não envolve apenas o adolescente mas também a família e por vezes os amigos. É imprescíndivel que os pais transmitam segurança ao adolescente!
É importante que os pais entendam que estes sintomas ansiosos são involuntários mesmo quando parece que o adolescente faz de propósito.
Deve evitar-se críticas aos medos e receios apresentados pelo adolescente sendo esta também a forma de lhe dar segurança.
Evitar castigos pelos seus comportamentos desajustados e como quase sempre existem reprecussões na escola é necessário fazer um trabalho de ligação com esta.
Perante o mau rendimento escolar e o mal estar na escola pode arranjar-se um explicador para apoiar e motivar no sucesso escolar.


TRATAMENTO

A psicoterapia é o tratamento indicado a estas situações. Um plano de tratamento que inclua a psicoterapia, a educação familiar e a intervenção psicossocial familiar. Poderá recurer-se a psicofármacos em casos mais extremos para controla de determinados sintomas.

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