Na vida, nada deve ser receado, tudo deve ser compreendido.
Marie Curie

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Depressão na Infância e na Adolescência

 
 
Apesar de ser uma realidade que tende a passar despercebida aos olhos de 70% dos pais, a depressão infantil ocorre, em 20% dos casos, em crianças na faixa etária entre 9 e 17 anos, e é geralmente casada, por dificuldades de relacionamentos com a própria família, na escola ou em outros locais que frequentam. Isto, porque apesar de algumas crianças manifestarem a sua depressão através de sintomas clássicos como a tristeza, o pessimismo, ansiedade, entre outros, a maioria fá-lo de forma atípica, o que dificulta o diagnóstico.
As alterações mais visíveis tendem a confundir-se com a rebeldia: irritabilidade, agressividade, hiperatividade e/ou diminuição do rendimento escolar. É esta a manifestação atípica que impede muitos pais de perceberem a origem dos problemas e, assim, darem uma resposta eficaz.

As características de alerta surgem aquando do aparecimento de alterações menos expectáveis, como o medo da morte (conversas recorrentes sobre o tema), sentimentos de culpa e de inutilidade e retrocessos, como a encoprese ou a enurese. É necessário que nos consciencializemos de que a depressão infantil existe e pode ser grave! Infelizmente, nem todas as crianças são felizes e despreocupadas!


De forma a ajudar os pais a perceberem os sintomas de depressão na criança, passo a uma clarificação mais detalhada:
*Na primeira infância, crianças bebés até aos 2 anos sensivelmente, a depressão manifesta-se por, uma recusa do alimento por parte da criança, por um atraso no crescimento, no desenvolvimento psicomotor, da linguagem, perturbação do sono e afecções somáticas, isto é, a criança que está muitas vezes doente, faz febres, gripes, viroses com muita frequência.
*Em idade pré-escolar, entre os 2 e os 6 anos, a perturbação depressiva, manifesta-se essencialmente por distúrbios de humor (grandes birras, ou grande euforia momentânea substituída rapidamente por grande tristeza e apatia) distúrbio vegetativo (em que a criança não sabe nem gosta de brincar, isola-se muito e fica muito parada. Falta de interessa por tudo em sua volta. Podem ainda verificar-se comportamentos regressivos a todos os níveis, nomeadamente a nível esfincteriano (podem voltar a fazer cocó e chichi nas cuecas ou na cama), motor e de linguagem.
*Em idade escolar (6 a 12 anos), o quadro depressivo caracteriza-se por tristeza prolongada, ansiedade de separação (a criança que não quer deixar a mãe para ir para a escola) e sintomas psicossomáticos (dores de cabeça, dores de barriga, diarreias, febres) .
As crianças com mais de oito anos, expressam os seus sentimentos depressivos através de baixa autoestima, ideias auto- depreciatórias, sintomas psicossomáticos, baixa de energia, desinteresse e desespero.
A depressão manifesta-se muitas vezes através das dificuldades escolares, ao nível da ansiedade, do desinteresse, das dificuldades da concentração intelectual e dos problemas de comportamento, para além dos problemas alimentares e de sono. Podem também surgir queixas psicossomáticas. Pode ainda verificar-se um aumento da agressividade, grande irritabilidade, com envolvimento da criança em conflitos com os pares.

Um outro sintoma que pode ocultar também uma depressão é a “hiperatividade”, as crianças muito irrequietas, que não conseguem manter um mínimo de atenção nem de concentração.

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