Na vida, nada deve ser receado, tudo deve ser compreendido.
Marie Curie

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Personalidade Paranóica



Caracteriza-se por uma tendência para a desconfiança e para a suspeita nas relações interpessoais, por um ciúme em relação ao cônjuge que pode levar a comportamentos belicosos, hostis ou vingativos. O contacto destas personalidades é marcado pela pobreza de afectos positivos e a sua atitude é rígida, o discurso deriva de falsidade de juízo, das interpretações hostis, mas permanece construído e organizado.
Este sujeito mostra uma propensão para o confronto, por vezes sob um modo caracterial e violento. O seu percurso pode estar ponteado de acidentes sociais e de processos judiciários.
O paranóico tem dificuldades em dar a sua confiança e em investir numa relação afectiva e quando isto acontece, esta relação é frequentemente invadida pela suspeita. A decepção e a desconfiança, assim como a tirania que faz reinar o sujeito paranóico na sua envolvência, favorecem o isolamento social e alimentam, em retorno, os desvios de interpretação.
O estilo cognitivo do sujeito com personalidade paranóica revela uma sobrestimação de si mesmo e uma atribuição de qualidades negativas ao outro. Ele faz frequentemente referência a princípios morais, mas o seu próprio comportamento, por detrás da fachada polida e rígida, pode revelar-se imprevisível.
Nalguns destes sujeitos, a paranoia pode ser conceptualizada por uma defesa contra tendências homossexuais inconscientes. Mas na maior parte deles, a paranoia é uma defesa da sua fragilidade na auto-estima e revela a sua luta constante pela manutenção da autonomia. O paranóico possui uma distorção da imagem de si pois considera-se como correcto e leal e percebo os outros como falsos e dissimulados.


Sintomas:

·        Sensibilidade excessiva aos insucessos e recusas;

·        Tendência rancorosa tenaz, por exemplo, recusa de perdoar os insultos, os danos ou as afrontas;
·        Antecipação, sem razão suficiente, que os outros o vão explorar, prejudicar ou enganar;

·        Preocupação com dúvidas injustificadas relativamente à lealdade ou fidelidade dos seus amigos ou associados;

·        Carácter suspeitoso e tendência avassaladora para deformar os acontecimentos, interpretando as acções imparciais ou amigáveis do outro como hostis ou desprezantes;
·        É reticente em desconfiar do outro devido a um receio injustificado de que a informação seja utilizada de maneira pérfida contra ele;

·        Descobre significados ocultos, humilhações ameaçadoras em comentários ou acontecimentos medíocres;

·        Guarda rancor, não perdoa ser insultado ou desdenhado;
·        Dúvidas repetidas e injustificadas quanto à fidelidade em particular a uma sobreavaliação da sua própria importância;
·        Preocupação por explicações sem fundamento, de tipo conspirativas, relativamente aos acontecimentos envolventes ou no mundo em geral;

·        Percebe ataques contra si mesmo ou contra a sua reputação quando isso não é aparente para os outros e está pronto a contra-atacar ou reage com cólera.


Estas pessoas vivem num constante e permanente sofrimento interior e transformam a vida do outro num verdadeiro tormento. Nem sempre admitem, entendem e aceitam que não estão bem o que leva a que muitas vezes tenha de ser o familiar/amigo a dar o “empurrãozinho” para um início de um caminho para o tratamento. Não deixe que estas características passem despercebidas e que o façam sofrer a si e aos outros! Peça-nos ajuda!

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