Na vida, nada deve ser receado, tudo deve ser compreendido.
Marie Curie

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Perturbação de Ansiedade de Separação

 
 
A Perturbação de Ansiedade de Separação pode desenvolver-se após alguma situação de stresse como por exemplo, a morte de um familiar ou de um animal de estimação, doença na criança ou num familiar, mudança de escola ou de residência para um novo bairro ou por motivos de emigração. O aparecimento desta perturbação pode ser precoce (antes dos 6 anos), logo na idade pré-escolar, mas pode ocorrer em qualquer altura antes dos 18 anos.

Existem períodos mais exacerbados e outros de remissão e em certos casos, a ansiedade por uma possível separação ou por evitamento de situações que envolvem a separação (como o ir para a escola, por exemplo) pode prolongar-se por muitos anos.

Considera-se Perturbação de Ansiedade de Separação, quando a duração é de pelo menos 4 semanas seguidas, quando a alteração causa um enorme mal-estar clinicamente significativo ou um défice social, escolar ou noutras áreas importantes da atividade do sujeito; quando a alteração não ocorre exclusivamente no decurso de uma outra perturbação já diagnosticada no sujeito; e quando a ansiedade é excessiva e inadequada para o nível de desenvolvimento do sujeito, relativa à separação da casa ou das pessoas a quem está vinculado. Esta ansiedade é considerada excessiva e inadequada quando se manifesta pela presença de pelo menos três dos seguintes fatores:

·        Mal-estar excessivo e recorrente quando ocorre ou é antecipada a separação da casa ou de figuras de maior vinculação, como os pais;

·        Uma preocupação excessiva e persistente pela possível perda das principais figuras de vinculação ou por possíveis males que possam acontecer a essas pessoas;

·        Uma preocupação constante e desmedida pela possibilidade de que um acontecimento adverso possa levar à separação de uma figura de vinculação importante (como o perder-se ou ser raptado);

·        Uma relutância persistente ou recusa em ir á escola ou a outro local por medo de separação;

·        Uma resistência ou medo insistente e excessivo de estar em casa sozinho ou sem as principais figuras de vinculação, ou noutros locais, sem adultos significativos;

·        Uma relutância constante ou recusa em adormecer sem estar próximo de uma importante figura de vinculação ou em adormecer fora de casa;

·        Pesadelos repetidos que envolvem o tema da separação;

·        Queixas repetidas de sintomas físicos como, por exemplo, dores de cabeça, dores no estomago, vómitos e náuseas, quando ocorre ou se antecipa a separação em relação às figuras importantes de vinculação.

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