A Fobia Escolar é uma perturbação
da ansiedade e pode ser tratada! Consiste num medo agravado que a criança ou adolescente
sente em ir para a escola e está intimamente relacionada com a ansiedade face
ao desconhecido e com as mudanças de ciclo escolar.
A Fobia é uma dificuldade, um
problema, não preguiça ou má vontade de ir à escola e os pais podem perceber
isso no comportamento da criança ou jovem. O sujeito refere-se à escola sempre
com medo, pessimismo e muitas vezes chora por não querer ir pois sente-se mesmo
muito mal lá dentro. Em contexto escolar, é comum que se afaste dos colegas e
tenda a isolar-se.
A Fobia Escolar não está
relacionada com o ser bom aluno ou não pois, na maior parte das vezes, as
crianças que desenvolvem esta perturbação de ansiedade e medo incontroláveis são
boas alunas e não perdem o rendimento escolar.
Sintomas:
- Dor de
barriga ao acordar, associada a vómitos, diarreias e dores de cabeça,
intensificando-se à medida em que se aproxima a hora de ir para a escola;
- Verbalizações
do género: “não quero ir à escola” ou por vezes na noite anterior “amanhã é
dia de ir para a escola?”;
- Choro
frequente;
- Suores frios
ou tremores;
- Medo de
ficar sozinho;
- Medo de algo
abstracto;
- Incapacidade
de enfrentar o problema sozinho;
- Perda do
apetite;
- Voltar a
fazer xixi na cama;
- Insónias;
- Pesadelos…
A Fobia Escolar pode ter diversas origens: predisposição biológica, mudança de escola, professor severo, conflito com colegas, temperamento da própria criança, mudança de casa, divórcio dos pais, morte de um familiar, conflitos familiares, preocupação excessiva dos pais com a separação dos seus filhos.
É de grande importância que os
pais não ridicularizem ou desconsiderem os medos da criança/jovem e em vez
disso, mostrem compreensão. Muitas vezes, desesperados, os pais procuram estratégias
para a criança deixar estes comportamentos mas dificilmente ela tornará a ir à
escola se não se sentir segura. A forma de transmitir segurança passa por
respeitar essa limitação da criança, incentivá-la a ir à escola mas não
obrigando-a e sim tranquilizando-a. Os pais devem manter muito diálogo com a
criança/jovem e encontrar um meio de superação deste obstáculo. Fazer com que
os amigos sejam importantes elementos na inserção na escola.
Se os sintomas persistirem mais de dois meses, é de extrema importância
que os pais encaminhem os filhos para as consultas de psicologia. O
tratamento da criança com fobia escolar deve ter uma participação efectiva da
escola, dos pais e do psicólogo. É esta interacção entre todos e este
envolvimento que irão fazer com que a criança supere a fobia. É necessária uma
intervenção psicoterapêutica de algum tempo para que a criança volte a sentir
confiança em si mesma e nos outros, retomando assim a sua vida normal.
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