A Perturbação de Ansiedade de
Separação pode desenvolver-se após alguma situação de stresse como por exemplo,
a morte de um familiar ou de um animal de estimação, doença na criança ou num
familiar, mudança de escola ou de residência para um novo bairro ou por motivos
de emigração. O aparecimento desta perturbação pode ser precoce (antes dos 6
anos), logo na idade pré-escolar, mas pode ocorrer em qualquer altura antes dos
18 anos.
Existem períodos mais exacerbados
e outros de remissão e em certos casos, a ansiedade por uma possível separação
ou por evitamento de situações que envolvem a separação (como o ir para a
escola, por exemplo) pode prolongar-se por muitos anos.
Considera-se Perturbação de
Ansiedade de Separação, quando a duração é de pelo menos 4 semanas seguidas,
quando a alteração causa um enorme mal-estar clinicamente significativo ou um
défice social, escolar ou noutras áreas importantes da atividade do sujeito;
quando a alteração não ocorre exclusivamente no decurso de uma outra
perturbação já diagnosticada no sujeito; e quando a ansiedade é excessiva e
inadequada para o nível de desenvolvimento do sujeito, relativa à separação da
casa ou das pessoas a quem está vinculado. Esta ansiedade é considerada excessiva
e inadequada quando se manifesta pela presença de pelo menos três dos seguintes
fatores:
·
Mal-estar excessivo e recorrente quando ocorre
ou é antecipada a separação da casa ou de figuras de maior vinculação, como os
pais;
·
Uma preocupação excessiva e persistente pela possível
perda das principais figuras de vinculação ou por possíveis males que possam
acontecer a essas pessoas;
·
Uma preocupação constante e desmedida pela
possibilidade de que um acontecimento adverso possa levar à separação de uma
figura de vinculação importante (como o perder-se ou ser raptado);
·
Uma relutância persistente ou recusa em ir á
escola ou a outro local por medo de separação;
·
Uma resistência ou medo insistente e excessivo
de estar em casa sozinho ou sem as principais figuras de vinculação, ou noutros
locais, sem adultos significativos;
·
Uma relutância constante ou recusa em adormecer
sem estar próximo de uma importante figura de vinculação ou em adormecer fora
de casa;
·
Pesadelos repetidos que envolvem o tema da
separação;
·
Queixas repetidas de sintomas físicos como, por
exemplo, dores de cabeça, dores no estomago, vómitos e náuseas, quando ocorre
ou se antecipa a separação em relação às figuras importantes de vinculação.